segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Projetos e referência nacional

24/09/2008:

GASP comemora 11 anos de êxito na luta contra a Aids na regiãoProjetos e referência nacional.

As campanhas educativas promovidas pelo GASP são reconhecidas pela qualidade

IPATINGA - O Gasp – Grupo de Apoio aos Soropositivos, única instituição de apoio a portadores do vírus HIV do Vale do Aço, mostra força e vitalidade ao comemorar 11 anos de existência, completados no último dia 17.
O grupo é formado por voluntários que desenvolvem ações de assistência, visando o combate ao preconceito, à inclusão social e busca por melhor qualidade de vida aos portadores do HIV e seus familiares, dedicando-se também à assistência a pessoas soropositivas e atuando nas questões relativas à prevenção.
Segundo Moisés Correa, diretor da ONG, no decorrer dos seus 11 anos o Gasp já atendeu diretamente 133 pessoas com HIV e mais de 5.000 indiretamente, por meio de seminários e palestras de conscientização sobre Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Desde 2001, o Gasp teve 10 projetos realizados, financiados pelos governos do Estado e da União, destinados ao público ou não com HIV/Aids ou direcionados especialmente para crianças e adolescentes, e ainda contou com projetos específicos para garotas de programa, travestis e homossexuais.O foco da ONG está na prevenção da doença através de campanhas educativas.
O Gasp mantém contato com algumas empresas para realizar seminários e palestras para seus empregados. A ONG ainda faz um trabalho de campo com pessoas diversas, distribuindo material de prevenção, como preservativos e impressos informativos para pessoas de baixa renda.
Entre os benefícios oferecidos pela instituição estão academia, aulas de informática, distribuição de cesta básica e cursos que atendem cerca de 120 famílias residentes em Ipatinga e cidades vizinhas.
As principais conquistas são a aquisição de patrimônio e infra-estrutura da instituição, diminuição do estigma da doença no Vale do Aço, aumento no atendimento aos portadores e familiares, com assistência jurídica e psicológica para portadores de HIV. Hoje, o Gasp é referência nacional em atendimento a soropositivos e em campanhas educativas; sua diretoria tem assento na mesa do fórum ONG Aids de Minas Gerais e na comissão nacional de HIV/Aids, nos conselhos da Assistência Social e da Criança e do Adolescente, além do Consea. A ONG ainda faz parceria com o Programa Municipal de DST/Aids, trazendo benefícios para a cidade.Para o futuro, o Gasp tem o objetivo de atender mais pessoas, formar convênios com mais empresas e conquistar sua sede própria.

Fonte:
http://www.diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=13746

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pesquisa revela prevalência de DST em seis capitais do Brasil

O primeiro estudo de grande porte sobre doenças sexualmente transmissíveis no Brasil revela que a chance de desenvolver uma dessas infecções é maior em pessoas com menos de 20 anos. Outros fatores contribuem para aumentar a vulnerabilidade às DST, como sexo desprotegido, múltiplas parcerias sexuais, coito anal e uso de drogas injetáveis.

Realizada pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, a pesquisa estima a ocorrência de DST na população geral e em grupos mais vulneráveis de seis capitais das cinco regiões do país – Manaus (AM), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). As cidades foram escolhidas por apresentar características socioeconômicas e demográficas diferentes, representando a diversidade brasileira.

Entre 2004 e 2007, foram feitos testes de sífilis, gonorréia, clamídia, HIV, hepatite B e HPV em mais de 9 mil pessoas, divididas em três grupos distintos: gestantes (3.303); homens trabalhadores de pequenas indústrias (2.814); mulheres e homens que procuraram serviços de saúde especializados em DST (3.210). Os dois primeiros compõem a amostra representativa da população geral dessas capitais – mulheres e homens sexualmente ativos, entre 18 e 60 anos. O último conjunto concentra pessoas com características epidemiológicas de maior vulnerabilidade.
De acordo com a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, embora o estudo não seja representativo do país inteiro, os resultados permitem inferir sobre características da população sexualmente ativa das seis cidades. “Além disso, [a pesquisa] facilita a identificação dos fatores que incrementam a vulnerabilidade para adquirir uma DST e dos comportamentos de risco que se traduzem nas elevadas taxas de infecções verificadas nas populações pesquisadas”.

Veja a seguir os principais resultados:

GESTANTES
Mais de 40% das grávidas têm alguma DST
O estudo revelou que 42% das grávidas tinham, pelo menos, uma das DST analisadas – 11% tinham uma infecção bacteriana e 37%, viral. Essas últimas, como o HPV e a hepatite B, não têm cura; podem, apenas, ser controladas, em alguns casos, com medicamentos caros e escassos. Entre essas mulheres, 16,7% tiveram mais de um parceiro sexual no ano anterior e 49,2% disseram que nunca usam preservativo com parceiro fixo. O grupo apresentou, ainda, prevalência de 40,4% para HPV. De acordo com o coordenador da unidade de DST do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Valdir Pinto, esse dado não é o mais preocupante. Isso porque o HPV não traz risco para o bebê se a mulher não tiver verrugas ou lesões genitais.

Também chamaram atenção as prevalências de clamídia (9,4%) e gonorréia (1,5%). Dez por cento das gestantes estudadas apresentaram infecção simultânea das doenças. Quando não tratadas, elas podem levar a complicações como parto prematuro, ruptura prematura de membranas, infecção puerperal, cegueira e pneumonia neonatal. A prevalência de sífilis (2,6%) também é um dado importante, pois a doença pode provocar aborto, morte do feto, malformações ósseas, surdez, cegueira e problemas neurológicos, entre outros.
Essas três doenças são curáveis e o diagnóstico e tratamento devem estar disponíveis na rede pública de saúde. Os medicamentos usados no tratamento, que devem ser prescritos por um médico, também são vendidos na Farmácia Popular, a preços que vão de R$ 0,39 a R$ 5 (exceto a penicilina benzatina, usada no tratamento da sífilis, e que deve ser aplicada por um profissional de saúde).

Outros dados:

57,8% já tiveram corrimento vaginal anormal;
4,7% mencionaram corrimento uretral no(s) parceiro(s);
25,2% queixaram-se de dor pélvica;
15,2% já tiveram verrugas, feridas ou vesículas genitais;
7,9% mencionaram verrugas, feridas ou vesículas genitais no(s) parceiro(s).

TRABALHADORES DA INDÚSTRIA

Grupo apresenta menor índice de ocorrência de DST
Esse grupo apresentou o menor índice de ocorrência de DST (5,2%) entre os pesquisados. Clamídia foi a doença com maior prevalência (3,4%), seguida da sífilis (1,9%) e gonorréia e hepatite B, ambas com mesmo percentual (0,9%). Como o exame de HPV exige coleta de material em ambulatório, não houve investigação dessa doença no grupo, pois eles foram abordados no ambiente de trabalho.

A grande maioria desses homens (95%) disse fazer sexo apenas com mulheres e 1,5%, com homens. Do total, 27,8% tiveram entre duas e quatro parceiras no último ano; e 7,2%, entre cinco e dez parceiras. O coito anal é praticado por 29% deles com suas parceiras.

HOMENS E MULHERES EM ATENDIMENTO

HPV, gonorréia e clamídia são as infecções mais prevalentes nesse grupo
Entre as pessoas que procuraram atendimento em serviços de saúde especializados em DST, 51% tinham alguma infecção. O HPV foi a doença de maior prevalência (32,6%), seguida de gonorréia (18,5%) e clamídia (13,1%).

A prevalência de HPV afeta principalmente adolescentes e jovens adultos, sugerindo que a infecção se dá no início da vida sexual. Em 70% dos casos, a infecção ocorreu na faixa etária inferior a 15 anos. Estudos anteriores, realizados em várias cidades brasileiras, desde os anos 90 até 2005, apontam uma grande variação entre os resultados, com prevalências que vão de 11,5% (Nova Iguaçu/Duque de Caxias, 2004) a 84% (São Paulo, 1994). Tais variações podem refletir diferenças amostrais e metodológicas nas pesquisas.

Se não for diagnosticado e tratado precocemente, o HPV pode causar alterações celulares no colo de útero que podem evoluir para o câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), essa é a terceira neoplasia maligna mais comum em mulheres. Como causa de morte, por câncer no sexo feminino, figura em quarto lugar; no Norte e Nordeste, está em primeiro.

Para o médico ginecologista Valdir Pinto, esses números ressaltam a importância de as mulheres fazerem o exame de papanicolau todos os anos. “O risco de uma mulher que tem acompanhamento médico desenvolver câncer de colo de útero é mínimo”, afirma. As lesões – conforme ele explica – demoram anos para evoluir para o câncer. “Com isso, é possível tratá-las no início e evitar que se transformem numa doença mais grave”.

Nesse grupo, 32,3% das pessoas apresentaram clamídia e gonorréia ao mesmo tempo. Nas mulheres, estes são os principais microorganismos associados à doença inflamatória pélvica (DIP), que causa seqüelas responsáveis por complicações como gravidez fora do útero e infertilidade. O Center for Diseases Control, dos Estados Unidos, estima que aproximadamente 40% das mulheres com essas infecções não tratadas apresentarão DIP.

Outros dados:

Comportamento sexual dos homens:

15% fazem sexo com outros homens;
45% tiveram entre duas e cinco parceiras ou parceiros no ano anterior;
35% afirmaram sempre usar preservativo com parceiros e parceiras eventuais;
49,1% praticam coito anal.
Comportamento sexual das mulheres:
58,8% das mulheres tiveram apenas um parceiro;
28,5% tiveram entre dois e cinco parceiros no ano anterior;
47,3% disseram usar sempre camisinha com parceiros eventuais;
31,8% praticam coito anal.



16.09.2008
Mais informações
Programa Nacional de DST e Aids
Ministério da Saúde
Assessoria de Imprensa
Telefones: (61) 3448-8100/8106/8088/8090E-mail: imprensa@aids.gov.br

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

DORMIR NO PONTO - 1

Rubem Leite – ppgasp@gmail.com

Ofereço a Aparecida Dionísio de Pinho,
mais conhecida por Cida Pinho, grande poeta mineira.

Quem nunca dormiu no ponto que me atire a primeira pedra, porque eu já dormi. Quantas oportunidades deixei passar. No trabalho e de trabalho. No meio ambiente. No amor. E tantos outros.
Outra coisinha: A grande poeta Nena de Castro, pessoa que muito respeito e gosto, disse, ao ler o presente texto, que isso não é literatura e sim palestra. É verdade que não é literatura, mas não sei se é palestra. Ao escrever não estava pensando em fazer literatura e menos ainda pensei em dar “receitas” seja médica ou caseira. A única coisa que pensei foi compartilhar o que sei com você que me lê. Espero que goste, que tenha uma boa leitura e o que texto lhe seja útil. Muito obrigado!
Mas tem um dormir no ponto que é bem legal. O sono.
Li em algum lugar uma antiga revista falando sobre o sono natural e narcose, erroneamente chamado de sono provocado. A narcose paralisa o cérebro impedindo ou dificultando o metabolismo e provocando a perda do conhecimento. Já o sono, que é natural, é ativo, não paralisando o cérebro. Durante o sono o organismo recupera o que gastou e desgastou até então e cria a energia que vai utilizar durante o próximo período desperto. O que não acontece com a narcose.
Para dormir bem vão algumas sugestões que estou aprendendo e pondo em prática:
Procure deitar e levantar sempre no mesmo horário, inclusive sábados, domingos e feriados. O nosso corpo adquire memória. Sim, isso mesmo. O corpo também e não apenas o cérebro. Cada músculo e célula guardam informações por eles apreendidos. É assim que andamos sempre do mesmo modo, por exemplo. Se geralmente a pessoa deita às 23h e levanta às 07h, mas por algum motivo teve que deitar às 02h deve se levantar às 07h. Por quê? O ritmo cíclico do corpo não é perdido, dando energia para continuar o dia e nem atrapalhando as noites de sono seguintes. Se durante os “dias úteis” dorme cedo e acorda cedo e nos fins de semana modifica o horário deve ter reparado que a segunda-feira é sempre infernal para acordar, mas se conserva o horário a semana toda fica boa. Sei que para nós, artistas, é difícil criar esse hábito, afinal, o nosso trabalho é quase sempre noturno, mas será que é tão difícil assim criar algo próximo dum horário fixo. O ideal é dormir de noite e “viver” de dia, é claro, mas se é preciso inverter e se geralmente o trabalho encerra, digamos 03h da manhã, então que crie o costume de deitar para dormir, digamos, às 05h. “Programando o seu relógio biológico”.
Outra coisa, procure desenvolver um “ritual” de sono ou mantenha o que já tem, por exemplo, rezar/orar ante de dormir, tomar um banho morno (quente ou frio ativam o corpo atrapalhando o sono), olhar se as portas e janelas estão fechados ou algum outro “rito”.
Mas exercícios físicos pesados momentos antes de se deitar atrapalham o sono por ativarem a adrenalina. Bebida alcoólica também atrapalha o sono por atacar o sistema nervoso deixando-o “mais nervoso ainda”. Uarrarrá! O vinho, por exemplo, que eu amo (vai aí uma sugestão de presente para mim: vinho seco, mas é para eu tomar durante o dia. Viu?! Uarrarrá!) dá soninho, mas umas 03h depois deixa bravo qualquer sistema nervoso.
Se precisar de alguma “ajuda” externa, compre maracujá, abra e chupe suas sementes. É azedinho e gostoso. Ou então pegue uma colher (de sopa) de mel e o misture em um copo d’água e tome. Mais ou menos uma hora depois, em ambos os casos, surgirá uma leve vontade de dormir. Então deite, durma e boa noite. Procure fazer isso mais ou menos perto do seu horário de dormir. Mas dê sempre preferência ao sono sem nenhuma ajuda externa.
Flexibilidade é importante, mas não a confunda com desregrado. Crie os seus hábitos de sono, pois o nosso mundo opera numa escala natural e regular. O cotidiano não é chato. Chato é não gostarmos dele e fazermos tudo sempre igual, sem criatividade. Cotidiano não é mesmice. Levantar e olhar para a janela ao acordar e se deixar emocionar com o dia, seja ensolarado ou chuvoso. Sim, isso mesmo. Se deixar emocionar, pois ao contrário do que muitos pensam, emoções não depende do que está fora e sim do modo que conscientemente encaramos as coisas e pessoas. Depressão se cura com as seguintes regras: sorrir, mesmo sem vontade. Quando sorrimos o nosso cérebro é ativado produzindo “poções mágicas” (enzimas e hormônios) dando-nos boas sensações. Procure ver o lado bom. Se está chovendo, já observou que tem sua beleza? Se está ventando admire a “dança” das árvores. Se está ensolarado, bem aí todos já sabem. E o mais importante remédio para a depressão é abrir mão do egoísmo e se dedicar ao bem do próximo por gratuidade, sem esperar nem mesmo reconhecimento. Simplesmente se doar. Como eu sei? Por experiência própria. Se duvida vá à Seicho-No-Ie ou a um psicólogo e pergunte.
Abraços e nosso bate-papo continuará mais tarde. Até a próxima.
Para outras informações sobre o sono natural espere o meu texto Dormir no Ponto – 3.

---------------------------------------------

Além do que tirei da memória e de alguns trechos indicados no próprio texto pesquisei na revista Fonte de Luz, nº 311, de novembro de 1.995.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

“Construção de Uma Cultura de Paz – Crescer Sem Violência”.

14ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente


Aconteceu a apresentação musical do Grupo Casa de Bamba.

Cantam o cavaquinho acompanhado
Pelos violão e pandeiro
E vozes os afrontam
Afrontam
Afrontam
Afrontam
Afrontam
Afrontam
Afrontam
Afrontam

A melodia disputa com a balbúrdia
Cantam os instrumentos
E as vozes aumentam
Querendo ser mais elementos.

Minha caneta corre solta
Meu coração, em disparada
Ao ritmo do chorinho
Ele samba.

Sento com uma cachaça
Sentindo bambas minhas pernas
Numa casa de bambas.

Vejo Hallisson amando um corpo de violão
Ouço Davi com seu dono, o Cavaquinho
E o pandeiro cascaveia para Bruno.


O apanhado abaixo são das palavras de Regina H.C. Mendes, Presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e Adolescentes de Minas Gerais.
Observação: Ela não tem nenhuma responsabilidade pelas palavras abaixo devido ser o que compreendi de suas palestras.

O conceito que deu origem ao tema da Conferência (“Construção de uma cultura de paz – Crescer sem violência”) surgiu na África em 1.994 devido às guerras constantes. Mas a cultura de paz exige prática de um esforço em conviver com o outro.

A força do exemplo. Toda educação é feita pela vivência, pela prática e não pelas palavras. A gente cresceu ouvindo “não quero você com estranhos”, mas hoje, em casa, o filho se encontra com estranhos na internete, por exemplo.

Desenvolvimento sustentável é atender as necessidades de hoje sem impedir as futuras gerações de também satisfazerem suas necessidades.
E direitos humanos são os direitos inerentes à natureza humana.
Direito humanos de 1ª geração: direito à vida, de ser livre, de votar e etc.
Direito humanos de 2ª geração: direitos sociais, culturais, sindicais e etc.
Direito humanos de 3ª geração: direitos coletivos (família, nação, meio ambiente).
Direito humanos de 4ª geração: direitos ainda em discussão. Ligados às gerações presentes e futuras (política, econômica, jurídica e etc).

Minas têm aproximadamente 300 mil crianças trabalhando em vez de estudar. E devido à sua imensa malha rodoviária, é mais visível em Minas que nos demais estados a quantidade de crianças (entre 10 e 19 anos) de ambos os sexos, etnias e classes sociais abusadas sexualmente.


Alguns dados:

Gravidez precoce (adolescentes):
BR = 0,9% Sudeste = 0,6% MG = 0,6%
Em Ipatinga:
Menores quantidade de casos => Barra Alegre e Bom Retiro = 1,9%
Maior quantidade de casos => Veneza = 13,8%
A menarca está cada vez mais cedo, segundo alguns especialistas, devido à
alta estimulação sexual provocada pela tv, músicas e etc.

Aleitamento materno:
BR = 69,5% Sudeste = 73,3% MG = 71,5%
Está aprovado a licença maternidade de seis meses, mas de modo
facultativo à cada município. Ou seja, cada cidade decide se a mãe terá seis
meses ou somente os quatro meses obrigatórios.

Crianças desnutridas:
BR = 5,6% Sudeste = 3,2% MG = 0,6%

Crianças de 04 a 05 anos na pré escola:
BR = 45,8% Sudeste = 49% MG = 41,4%

Crianças de 06 à 14 anos na escola:
BR = 98,4% Sudeste = 96,7% MG = 99,2%

Crianças de 14 e 15 anos concluídos na idade certa o ensino fundamental:
BR = 22% Sudeste = 28,3% MG = 25,3%

Mortalidade até 19 anos (acidentes, assassinatos, suicídios e etc):
BR = 30,4% Sudeste = 35,2% MG = 24%

Bem gente, encerro o meu apanhado de tudo que conversamos na Conferência com as palavras de Fernando Brant: “A lição nós já sabemos de cor. Só nos resta aprender”.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

DST/AIDS NO VALE DO AÇO


Moisés Correia disse que as ações preventivas pretendem estabilizar a contaminação da doença


Levantamento do DST-Aids de Ipatinga aponta 167 novos casos em 2007

Incidência na região aumenta 29,83%

IPATINGA – Cresceu o número de portadores do vírus HIV no Vale do Aço. A constatação é do levantamento feito pelo Programa Municipal DST-Aids, que registrou 560 casos da doença em 2007. Em Ipatinga, foram 340 confirmações. A estatística aponta um aumento de 29,83% da contaminação com o vírus em relação a 2006, quando foram notificados 393 casos na região. O diretor do Grupo de Apoio ao Soropositivo (Gasp), Moisés Correia, informou que a estimativa é que na região cerca de 5 mil pessoas estejam infectadas e não saibam. “No Vale do Aço, a cada três dias uma pessoa é contaminada e não sabe”, declarou em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO.
Apesar do aumento do número de casos, Moisés disse que as ações de prevenção buscam a estabilidade e não a diminuição dos casos. “Não diminui porque não tem como você mudar a cultura de uma pessoa e, por exemplo, ir na África do Sul e falar para não transar com crianças e sem camisinha. São vários fatores de âmbito cultural, social e religioso. O que dá para fazer é mostrar prevenção para manter o nível”, declarou. O diretor ressaltou que, a princípio, o número pode até parecer pequeno diante da população, mas a proliferação do vírus é rápida. “Em Ipatinga, onde temos pouco mais de 200 mil habitantes, ter 340 casos dá a entender que é pouco, mas não é. Se considerar que um portador pode contaminar de 15 a 30 pessoas, é muita coisa”, frisou.
Moisés falou que a maioria dos infectados é composta por mulheres. “Hoje, há a feminização da Aids, tanto que o Ministério da Saúde solicitou no ano passado a todos os programas e ONGs que lidam com esse público para trabalharem o enfrentamento da feminização. A meta é criar ações diretas para o grupo feminino”, detalhou. Ainda de acordo com Moisés, o aumento do número de mulheres infectadas deve-se ao maior acesso à informação além do fator biológico. “Biologicamente, a mulher tem 16 vezes mais chances de contaminação. Outra coisa que deve ser considerada é que há pouco tempo as mulheres começaram a fazer os exames. Além disso, quando fazem os pré-natais elas também descobrem a doença. Daí o aumento da incidência de casos”, pontuou.
Para fazer o levantamento, o Programa Municipal de DST-Aids registra dados dos pacientes como faixa etária e renda. Cerca de 60% dos doentes está na faixa etária de 25 a 35 anos. O diretor do Gasp explicou que geralmente o vírus é contraído na adolescência, mas só é descoberto a partir de 25 anos. “Provavelmente, as pessoas com 25 a 35 anos se contaminaram na adolescência. O que acontece é que apenas após dez anos o paciente descobre que tem Aids. Nesse período, o número de anticorpos diminui”, relatou.
ProjetosO Gasp completará onze anos de trabalho no próximo dia 17. A ONG visa o público soropositivo tendo em vista dois focos: prevenção e assistência. Atualmente, a entidade realiza dois projetos. Um deles é executado nas regiões de Mucuri e Diamantina, onde são ministradas palestras e oficinas. A iniciativa foi solicitada pelo Governo do Estado. Moisés contou que o retorno do projeto tem sido positivo.
“A proposta era atingir 150 pessoas nas palestras e chegamos a 500. Já nas oficinas tivemos o dobro de participantes em relação ao esperado, que era 150. Estamos desenvolvendo essa ação longe daqui porque esses lugares possuem um índice de contaminação alto e não podemos esquecer que as BRs que cortam essas cidades passam por Ipatinga”, explicou.
Na parte assistencial, o Gasp oferece cestas básicas para portadores com baixa renda, academia para combate ao acúmulo e perda de gordura provocado pelos medicamentos, além de assessoria jurídica e reuniões semanais.
Adolescentes Entre os projetos do Gasp previstos para o segundo semestre e início de 2009, dois foram aprovados pelo Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. As iniciativas serão feitas em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). O primeiro será voltado para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Nosso foco são aqueles que estão vendendo bala na rua e se prostituindo. Temos focos de adolescentes se travestindo e prostituindo em Ipatinga”. A outra proposta é formar agentes multiplicadores juvenis. Moisés informou que a idéia é que eles aprendam sobre sexualidade e DST. “Vamos levar isso de acordo com a linguagem deles, que vão repassar as informações às suas comunidades”, comentou.
A entidade executará ainda dois projetos aprovados pelo Estado. Um deles disponibilizará um advogado aos portadores que se sentirem lesados de alguma forma pelo fato de terem a doença. A outra proposta é a realização de um seminário sobre preconceito. Mais informações sobre o Gasp pelo telefone: 3822-4565.
Polliane Torres
http://www.diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=12960