sexta-feira, 25 de julho de 2008

RELATÓRIO em CAPELINHA



27 a 29 de junho:
Moisés Correia, Rubem e o motorista (Morais) saíram 14h de Ipatinga rumo a Capelinha e durante o percurso foi tocado do início ao fim “aberrações sertanojos”. Já na cidade de Capelinha foram o grupo 14 Bis e Marcos Viana tocaram encerrando o “2º JequiSabor”. Um diferencial do evento é o compromisso que os concorrentes assumem de recolher doações de livros e revistas para doarem à Biblioteca Pública do município.



A população é, aparentemente, extremamente homofóbica.


Seus moradores são muito interessados no bem estar de toda a população.


O grupo chegou à cidade às 19:10h e foi direto para a Palestra que aconteceu na Praça de Esporte. Depois se encaminhou para o hotel (Catuaí) e só então foi jantar. As oficinas também aconteceram na Praça de Esporte.


Palestra – 6ª feira – 19:30h:
Participaram cinqüenta e nove pessoas, entre profissionais da saúde, educadores, estudantes, funcionários da APAE. Moisés falou sobre dst, aids e sexualidade. Uma enfermeira contestou minha afirmação de que “vacina contra hepatite se tomar outra dose durante seu período de imunização infecta o vacinado com o vírus”.
Dentre os participantes estava a cidadã mais ilustre do município: a “cachorra Convertida”. Cadela viralata que não perde nenhum evento, seja qual for, para que público for. Convertida já apareceu inúmeras vezes na tv e uma, vez, ao ser envenenada, toda a população fez corrente de oração e pagou médicos para tratarem dela. Dizem que quando ela visita uma casa é sinal que em poucos dias alguém lá vai morrer. E assim acontece. Dizem também que ela nunca teve filhotes, prova, talvez, de sua pureza...

Palavras que aprendemos em Capelinha: Discojuminância = (batendo palmas violentamente) divergência de opniões. E também PR = papo ruim.

Oficinas: Foi utilizada muitas dinâmicas e eslaides para explicações dos assuntos. Participaram profissionais da saúde, educadores, grupos de jovens e funcionários da APAE. Na cidade vizinha, Água Boa, é grande a quantidade de mães solteiras.

Sexualidade – sábado – 08 às 12 horas: Participaram 19 pessoas. Foi pedido aos participantes que escrevessem numa folha o que esperam da oficina e a colassem na parede. Moisés conduziu as dinâmicas “A visita do ET” e “Por que tanta Diferença?” e ministrou aula sobre “Sexualidade”. Houve forte discussão sobre sexualidade, traumas e fetiche e os participantes demonstraram ficarem confusos sobre um tema e outro, qual é um e qual é outro. Também surgiu assunto sobre “crianças verem cachorros ‘transando’ e que se perguntarem a elas o que sentem com a cena, a maioria se sente desconfortável.

Dst/hepatite B – sábado – 14 às 18 horas: Participaram 19 pessoas. Não aconteceu a oficina sobre hepatite. Moisés continuou o tema da manhã falando sobre gravidez precoce, conduziu a dinâmica “Rótulos” e proferiu aulas sobre “Dst”. Rubem, com seu figurino de Contador de Estórias, contou a Estória da Libélula que, em resumo, fala sobre “Não se deixa para amanhã o que pode ser realizado agora”.

Hiv/aids – domingo – 08 às 14 horas: Participaram 20 pessoas. Rubem, com seu figurino de Contador de Estórias, contou a Estória do Alfaiate que interage bastante com os ouvintes e, em resumo, fala sobre “Não se deve ficar preocupado com os outros, pois ‘as pessoas olham e falam’, ‘observam e comentam’.” Moisés conduziu as dinâmicas, “Contatos Pessoais”, “O Que Jogo Fora” e “Imaginário da AIDS” [Interessante, nas três cidades (Araçuaí, Diamantina e Capelinha) as mães com mais de um filho sempre justificam a escolha dizendo colocá-lo como representando todos os outros]. Moisés proferiu também aulas sobre “Aids”. A seguir alguns pontos discutidos durante a oficina: Médico com hiv tem ou não que avisar seus pacientes? A conclusão foi, claro, que não. Médico pode ou não avisar às pessoas que algum paciente seu tem hiv? Só em três casos: se tem comportamento de risco para outras pessoas; para outro médico envolvido no caso; por ordem judicial. Há na cidade um casal sorodiscordante. Eles “transam” sem o uso de camisinha e o marido não contrai o vírus. Por quê? Provavelmente porque ele tem uma “falha” nas células de defesa. Caso semelhante, talvez, a sete profissionais do sexo na África, que não contraem o vírus. E todos os seus clientes são doentes de aids. Pode-se criticar alguém por sua religião proibir determinado tratamento se ela tem seus argumentos e convicção de que existem coisas mais importantes que a vida? Aconteceu um caso de uma pessoa ter sido “eleita” membro de determinado conselho sem que ela própria soubesse disso.

Sobre a avaliação: Tema – 03 acharam bom; e 16 acharam ótimas. Metodologia – 19 acharam ótima. Materiais usados – 07 acharam bons e 12, ótimos. Equipe – 03 acharam boa e 16, ótima. Auto aproveitamento – 11 acharam bom e 08, ótimo. Tempo – 08, bom; e 11 achou ótimo. Espaço – 09 acharam ótimo e 10 acharam bom. Algumas pessoas desejaram mais treinamentos com o mesmo nível. Algumas pediram mais tempo e mais público nas oficinas. Outras disseram que dúvidas foram tiradas.

Um comentário:

Aplicar Consultoria disse...

Rubem, retificar o texto me lembre pra eu te falar em que parte