sexta-feira, 25 de julho de 2008

RELATÓRIO em ARAÇUAÍ



25 a 27 de abril de 2008
Moisés Correia, Rubem e o motorista (Morais) saíram 11h de Ipatinga rumo a Araçuaí e durante o percurso foi visto muitas coisas pitorescas, como por exemplo, “filosofia de caminhoneiro”: “É fácil falar de mim, difícil é ser igual a mim” ou “Faço o que posso, Deus me dá o que mereço”. Margeando determinado trecho da estrada, por cerca de 100m, os viajantes se encantaram com inúmeros trabalhos artesanais em barro, como namoradeiras e outros enfeites, panelas e bonecas feitas com cabaça. Já na cidade de Araçuaí foram vistos alguns estabelecimentos comerciais também pitorescos, como o “Salão da Nega”, cuja figura na placa era de uma loira e “Nóstravamos Bar”. A cidade de Araçuaí não é bonita, mas seus moradores são muitos simpáticos, bonitos e interessados no bem estar de toda a população. Outra coisa que encantou o grupo na cidade foi a diversidade de manifestação cultural, como o Grupo de Teatro Ícaros do Vale, que tem dez anos; Chique-chique Coral de Senhores; Luz da Lua, que trabalha com apresentação de cinema e outras artes; Banco do Livro, que empresta e troca livros. Um dos moradores da cidade disse a Rubem que sua fundadora foi uma prostituta que ali montou seu bordel e ao seu redor foi surgindo o município.

Chegamos à cidade às 18:30h e nos hospedamos no hotel Pousada Tropical, que fica num ponto estratégico, perto da rodoviária, da Policlínica, do “Alto Mercado”, da Secretaria de Saúde, do local onde ministramos a Palestra e as Oficinas.

Palestra – 6ª feira – 19:30h: Participaram 33 pessoas, entre portadores do vírus do hiv, profissionais da saúde, educadores, estudantes, homossexuais, profissionais do sexo, grupos de mulheres. Moisés falou sobre dst, aids e sexualidade.

Oficinas: Foi utilizada muitas dinâmicas e eslaides para explicações dos assuntos. Participaram profissionais da saúde, educadores e grupos de mulheres.

Sexualidade – sábado – 08 às 12 horas: Participaram 09 pessoas. Rubem, com seu figurino de Contador de Estórias, contou a Estória da Libélula que, em resumo, fala sobre “Não se deixa para amanhã o que pode ser realizado agora”. Moisés conduziu as dinâmicas “A visita do ET” e “Por que tanta Diferença?” e ministrou aulas sobre “Sexualidade” e “Gravidez e dst”.


Dst/hepatite B – sábado – 14 às 18 horas: Participaram 07 pessoas. Rubem conduziu a dinâmica “O Vampiro de Estrasburgo” e ministrou aula sobre “Hepatite”, onde falou das hepatites A, B e C. Moisés conduziu as dinâmicas “Zip-Zap-Zop” e “Rótulos” e proferiu aulas sobre “Dst” e concluiu a aula sobre “Sexualidade”.


Hiv/aids – domingo – 08 às 12 horas: Participaram 11 pessoas. Rubem, com seu figurino de Contador de Estórias, contou a Estória do Alfaiate que interage bastante com os ouvintes e, em resumo, fala sobre “Não se deve ficar preocupado com os outros, pois ‘as pessoas olham e falam’, ‘observam e comentam’.” Moisés conduziu as dinâmicas “Cochicho”, “Contatos Pessoais” e “Imaginário da AIDS” e proferiu aulas sobre “Aids”. Os oficineiros deram bastante ênfase ao fato da emoção ser mais importante que a razão para convencer as pessoas a se protegerem das dst’s, aids e qualquer outra coisa. Pois não basta saber sobre a aids, por exemplo, se o indivíduo se sente inatingível ele não se protegerá. Ou não bastam as pessoas com que estivemos trabalhando, por exemplo, saberem sobre aids, se não se sentirem responsáveis pela comunidade pouco farão por ela.

Moisés e Rubem estão muito contentes com Morais (o motorista), pois ele não apenas cumpre seu trabalho como participa ativamente das oficinas.

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